sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sexta Insana: Kawasaki H1 by Valtoron

Postado por dstudzinski às sexta-feira, agosto 09, 2013 | 6 comentários

O que acontece quando misturamos antigas técnicas, como a fundição de metais com uma moto cheia de história devido a sua brutalidade? Difícil definir em poucas palavras, mas essa moto é uma das custom bikes mais impressionantes que já vi, uma criação da já famosa oficina Valtorón, que além de ser uma fundição, é administrada pelos irmãos Carlos e Pablo, que entre outras funções, criam motos dignas do adjetivo insano.

A Kawasaki H1, ao menos lá fora é uma lendária que rivalizava com a RD 350 pelo titulo de "widow maker". Vejamos: a tinha moto 500 cc, 2 tempos, tricilíndrica, que originalmente já passava dos 190 km/h, isso com chassis dos anos 70, notadamente não tão bons...

Mesmo já sendo originalmente forte e não tão estável assim, isso não impediu que a Valtoron mexesse ainda mais buscando performance: A moto ganhou pistões Wiseco, as câmaras e a taxa de compressão foram retrabalhadas, fora preparação feita nas câmaras de expansão do sistema de escape personalizado. Fora isso, filtros K & N ajudam os carburadores Mikuni a respirar e a usina de força também ganhou uma ignição eletrônica Electrex. A potência estimada na roda traseira subiu para algo em torno dos 70 cv. A moto deve dar um belo "coice", que ainda é ajudado pelo acelerador de curso curto. Insano. Para segurar isso tudo, o ciclística teve que ser mexida: A suspensão dianteira foi rebaixada, e atrás, os amortecedores Koni ajudam a manter a parte traseira sob controle, ligados a uma balança herdade de uma Kawasaki GPZ550. O cilindro de freio veio de uma Yamaha R6 e as rodas são de 18"com raios inox, e calçadas com pneus Battleax Bridgestone BT-45 rubber: Um 100/90 na frente e 130/80 na traseira.

Se dinamicamente ela ainda não te impressionou, basta ver a qualidade do acabamento para ter a certeza que é uma moto "extra classe": A bela e exótica carroçaria não recebeu pintura e foi fundida em liga leve, usando de alumínio reciclado.

A tampa do tanque e os emblemas são feito de nada mais, nada menos do que bronze. Coisa de artesão.

Na frente, o farol de de uma Zundapp, mas o toque de modernidade vem nas demais luzes, de leds.

Está talvez seja uma das minhas motos preferidas daqui para frente. Confesso que na tarefa de revirar blogs gringos atrás de novidades e fonte de inspiração para que o amigo leitor possa ter referências do que está sendo feito, eu sempre encontrava projetos legais, mas todos muito "iguais", sem surpreender. Eu mesmo já tinha visto outras criações da Valtorón, mas essa foi a que cativou, como já a algum tempo não ocorria. Talvez a mais insana que eu encontrei, nesse período que tenho escrito aqui. O crédito da matéria original é do excelente BikeExif.